quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Efeito Sanduíche

Há uns dias, no decorrer de uma entrevista dirigida pela minha colega, um candidato um tanto ou quanto arrogante refere no decorrer do seu discurso o que ele considera ser o famoso efeito comportamentalmente conhecido como Efeito Sanduíche. Quando a minha colega partilhou este facto comigo, ficámos ambas bastante espantadas por termos conseguido terminar uma licenciatura de Psicologia Social e das Organizações sem nunca ter tido contacto com esse efeito comportamental largamento documentado (se bem que as aulas passadas a desenhar plantas de casas – não se tratando de uma cadeira de arquitectura – poderão explicar muita coisa). Curiosamente hoje enquanto folheava o livro “As Boas Raparigas não Sobem na Vida” deparei-me com o dito conceito, ademais associado à regra dos sete para um, de que a Ana me tinha falado esta tarde.
Apercebi-me que enquanto Psicóloga, que não paga cotas, deveria dedicar mais tempo às fatias, especializar-me em Psicologia da Maria, e escrever um livro…ou então um Blog.
Com isto não quero de modo nenhum depreciar o livro supracitado, na verdade diverti-me bastante a lê-lo, e o que transmite são quase na sua totalidade verdades inegáveis, que todas conhecemos, mas tendemos a ignorar.

Neste sentido, vou aqui evidenciar um dos erros que a autora indica como um dos 101 fatais à carreira de qualquer mulher: “Usar da Sanduíche”.
O processo consiste em intercalar uma informação negativa entre duas positivas, ou seja, ao criticar um colega/subordinado, e numa tentativa vã de suavizar a crítica, adicionamos dois elogios, de modo a facilitar a aceitação do nosso interlocutor. Segundo a autora esta não é a melhor opção, já que conduz a um estado confuso e ambíguo que não permite ao outro perceber ao certo em que medida terá elaborado um mau/bom trabalho, e que o fará concentrar-se sobretudo na crítica. Isto acontece porque na balança entre a crítica e o elogio, o equilíbrio dá-se na proporção de um para sete. Assim, se nos disserem que somos inteligentes, bonitas, competentes, informadas, carismáticas e divertidas, mas que estamos um pouquinho mais gordas, em que é que acham que nos vamos concentrar?

Concluindo, ao apresentar uma crítica deveremos ter o cuidado de o fazer recorrendo a observações construtivas que reflictam dicas para melhorar o desempenho, bem como a uma postura de reforço positivo. E no caso do alvo da crítica ser uma mulher, nunca, mas nunca, lhe falar em excesso de peso!
^*^

1 comentário:

Ana disse...

7 para 1??
Até 700... basta haver 1!!!!